O INDEA-MT – Instituto de Defesa Agropecuária do Estado de Mato Grosso alerta para a confirmação, de quatro focos de raiva em bovinos no município de Pontes e Lacerda. Os animais morreram após apresentar os sinais neurológicos da doença.
A Secretaria de Municipal da Saúde de Pontes e Lacerda, bem como também as dos municípios de Vale de São Domingos, Jauru e Vila Bela da Santíssima Trindade, foram comunicadas imediatamente após a confirmação dos focos para monitorar as pessoas que tiveram contato com os animais.
As regiões atingidas já foram alvos de outros focos em anos anteriores, conforme informações prestadas pelo órgão. O primeiro foco confirmado no final de outubro de 2020, ocorreu na região da Gleba Cerro Azul, o segundo na região da Lavrinha, o terceiro foco, a 16 km deste segundo, atingindo também os municípios de Porto Esperidião, Jauru e, principalmente, Vale de São Domingos, nas comunidades do Córrego da Farofa, Santa Luzia e Adrianópolis; e o último foco, até o momento, a aproximadamente 12 km do foco da Gleba Cerro Azul, que atingiu também o município de Vila Bela da Santíssima Trindade. Outros dois casos (um em Vale de São Domingos e outro em Jauru) estão sob suspeitas, aguardando exames laboratoriais para confirmação.
O gerente regional da Unidade Regional de Supervisão de Pontes e Lacerda, Jeferson Fidelis, afirmou que todas as propriedades num raio de 10 quilômetros dos casos positivos devem obrigatoriamente realizar a vacinação de todo o rebanho bovino, bubalino, equídeo e ovino e, de 21 a 30 dias após, deve ser dada uma dose de reforço nos animais primo-vacinados. A vacina é adquirida em lojas de produtos veterinários; e, alerta a todos produtores rurais, não só das regiões atingidas, mas também de toda a região que abrange os municípios de Pontes e Lacerda, Vila Bela da Santíssima Trindade, Vale de São Domingos, Jauru, Figueirópolis D’Oeste e Porto Esperidião, a não deixarem de realizar a vacinação contra a raiva, em hipótese alguma.
ALERTA - A médica veterinária, Dra. Regiana de Oliveira Marins, responsável pela Unidade Local de Execução do INDEA-MT em Pontes e Lacerda, salienta que a raiva é uma zoonose, ou seja, doença transmitida do animal para o ser humano. Ela ressaltava, ainda, que o vírus é circulante na região, enfatiza que os casos de raiva não estavam em evidência, apenas pelo fato de que os produtores estavam realizando a vacinação de forma regular e que a vacinação do rebanho bovino, bubalino, equídeo e ovino, é o meio mais eficaz de prevenção da doença. Orienta mais, que o produtor faça uso da pasta vampiricida nos animais atacados pelos morcegos hematófagos, para que haja um controle populacional dos mesmos.
PERIGO – A doença não tem tratamento, ela é fatal. A principal forma de transmissão nos herbívoros é pelo morcego hematófago (que se alimenta de sangue), quando infectado pelo vírus. Já nos humanos, cães e gatos infectados, são seus principais transmissores. Por isso, é recomendado notificar ao INDEA em caso de animais com sinais neurológicos e fazer a vacinação, forma mais eficaz, como dito, de prevenir essa doença viral.
Entre os sintomas mais visíveis estão o andar cambaleante, mugido constante, falta de apetite e salivação intensa até a morte, que ocorre em até 10 dias. É importante ainda comunicar o órgão sobre a presença de supostos abrigos de morcegos, para que sejam cadastrados, monitorados periodicamente e neles realizada a captura dos mesmos, com intuito de fazer o controle populacional.
Assessoria - INDEA/MT
